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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Geração Fotovoltaica, uma questão estratégica!



Geração Fotovoltaica, uma questão estratégica!

A geração do kWh solar fotovoltaico mesmo tendo ainda um custo maior que as outras matrizes, ela deve ser avaliada em um cenário com um elenco de variáveis importantes:

- DO PONTO DE VISTA AMBIENTAL
A energia solar, fonte inesgotável que a natureza nos oferece diariamente, possibilita seu aproveitamento com infraestruturas de baixo impacto ambiental e com implementação quase imediata, comparando-se com as macro-estruturas necessárias para geração tradicional, como o das hidroelétricas, sendo o Brasil uma das nações mais agraciadas com esta dádiva, porém demasiadamente sub-utilizada.

Programas de incentivos têm sido utilizados em diversos países do mundo para, de forma geral, encorajar a indústria fotovoltaica a atingir a escala necessária para competir com outras fontes de geração de eletricidade. Tais programas possuem motivações diversas tais como a promoção de independência energética, domínio tecnológico e redução das emissões de gases do efeito estufa.

- DO PONTO DE VISTA TECNOLÓGICO
A energia solar fotovoltaica tem atributos que a torna única. O fato de ser possível incrementar a produção tão rapidamente e a tecnologia se desenvolver a partir de infraestrutura existente faz com que a taxa de inovação da energia solar fotovoltaica seja muito maior que a dos demais setores de energia. Na realidade, esta taxa situa-se mais próxima de setores como TI [Tenologia da Informação], com suas mudanças constantes.

Existem muitas pesquisa em novas tecnologias, ainda não comerciais, mas ao mesmo tempo há grandes inovações acontecendo na indústria, que busca novas formas para fabricar, financiar, empacotar, vender e instalar a energia solar utilizando as tecnologias disponíveis comercialmente hoje.

Em São Paulo, a UNICAMP tem pesquisas avanças para uma nova geração tecnológica de células fotovoltaicas, orgânicas com custo de fabricação reduzido e com maior rendimento: 
http://ofrioquevemdosol.blogspot.com.br/2012/03/energia-fotovoltaica-unicamp-desenvolve.html

- DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO
Em especial, a fotovoltaica, analisando nosso território nacional, justamente as regiões mais empobrecidas economicamente apresentam os melhores índices de aproveitamento da insolação, o que torna a região do sertão nordestino atrativa para investimentos que já estão ocorrendo

No entando, o Rio Grande do Sul, encontra-se na media, numa escala  que vai de 4.500 a 6.300 Wh/m².dia, está  em torno de 5.100 Wh/m².dia

Apesar do custo de geração do kWh ser ainda maior que o kWh gerado pelas usinas hidrelétricas, é uma alternativa importante como atração e como uma reserva técnica.

A importância fundamental do fator escala produtiva neste segmento nos leva a concluir que a inserção do mercado interno neste setor irá requerer medidas simultâneas e sincronizadas de incentivo à demanda e à oferta.

Os preços dos módulos continuam em declínio e os inventários aumentando por conta dos elevados investimentos na oferta, não acompanhados pela demanda.

Uma característica fundamental de sistemas fotovoltaicos instalados no meio urbano é principalmente a possibilidade de interligação à rede elétrica pública, dispensando assim os bancos de baterias necessários em sistemas do tipo autônomo e os elevados custos e manutenção decorrentes.

- DO PONTO DE VISTA ESTRATÉGICO
A autonomia energética constitui hoje uma das mais importantes buscas dos governos mundiais. Uma cadeia produtiva alavancada na produção de energia limpa traz consigo desenvolvimento tecnológico e a possibilidade de união de vários agentes em um novo APL - Arranjo Produtivo Local. Temos tecnologia, recursos humanos e pesquisas avançadas neste setor a exemplo do NT – Solar (Núcleo de Tecnologia Solar da PUCRS)

Um projeto-piloto iniciado em 2004 no laboratório do Núcleo Tecnológico de Energia Solar da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul (NT-Solar), colocou o estado na vanguarda das pesquisas tecnológicas neste campo.

A recente crise hídrica chama  atenção para a fragilidade do sistema elétrico ao depender majoritariamente de uma matriz energética e coloca em discussão a necessidade de uma diversificação de fontes aproveitando muito mais as potencialidades regionais de um país continental.

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